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TEMOS QUE ACEITAR NOSSO KARMA?

Temos que aceitar as coisas ruins que nos acontecem por ser nosso karma? Não podemos encontrar uma maneira de sair dele? Só podemos aceitar e continuar?
Para responder essa pergunta precisamos compreender a natureza do karma, que sempre consiste em algo de que não temos controle. Karma é tudo o que nos acontece e que não temos como sair da situação, como afastar.

NOSSO KARMA Por exemplo, uma doença grave… como sair de uma doença grave?

Podemos fazer o tratamento, tomar todos os remédios, seguir as recomendações médicas, fazer Yoga, procurar nos acalmar etc, mas isso não garante a cura, não significa que, tomando todas essas atitudes, vamos verdadeiramente melhorar da doença.

Por isso, não é que questão fazer algo ou aceitar o karma… é questão de que não há como fugir a não ser aceitando, amando, compreendendo e entregando tudo a Deus.

Mas e, por exemplo, nos relacionamentos? Temos que aceitar conviver com uma pessoa que nos faz mal?

Mais uma vez dizemos: quando o karma chega, não é uma questão de escolha, não é questão de aceitar uma situação ou não aceitar.

O karma sempre se impõe diante de nós, se insere em nossa vida de um jeito que não temos poder de retirá-lo.

No caso dos relacionamentos, se a pessoa quiser pode terminar com seu companheiro ou companheira a qualquer momento.

No entanto, muitas vezes mantemos uma ligação com o ex-cônjuge que não temos poder de mudar, como por exemplo quando o casal teve filhos.

Os filhos são o elo que une o casal para sempre… e mesmo que ambos não queiram mais conviver de jeito nenhum, mesmo que os dois não desejem mais nem olhar na cara um do outro, inevitavelmente terão que continuar convivendo.

E obviamente para o bem-estar dos filhos, esta convivência precisa ser a melhor possível. Este é apenas um exemplo de karma nos relacionamentos que não se tem como mudar.

Os relacionamentos e o nosso karma

Mas também há a questão da paixão, do apego ou de uma forte ligação entre as almas de várias vidas.

Muitas vezes um relacionamento não dá certo, há muitas brigas e ambos não se entendem de jeito nenhum. O casal então decide pela separação.

No entanto, mesmo separados, um continua pensando no outro e não consegue esquecer a outra pessoa.

Tentam de todas as formas esquecer o outro e seguir em frente, mas a pessoa continua lá presente dentro de nós. Nesse caso, uma certa ligação se mantém e muitas vezes ambos ficam voltando e terminando, voltando e terminando, porque não conseguem estar juntos, mas também não conseguem estar separados.

Esse é outro exemplo de karma nos relacionamentos que não há como mudar os acontecimentos, que não temos controle do que ocorre.

Nesses casos nos resta apenas realizar transformações dentro de nós.

É o que explicamos sobre a libertação do nosso karma em outra parte desta obra. (Luminosofia: perguntas e respostas)

O problema é que as pessoas acreditam que os acontecimentos têm a ver com suas decisões pessoais… e muitas vezes não… não controlamos o que nos acontece… e quando algo chega que não controlamos… isso é o que chamamos de karma.

Portanto, karma é tudo aquilo que nos obriga a viver certo acontecimento… e este acontecimento é sempre algo que vem para nos transformar e nos purificar enquanto almas eternas que somos.
Em que consiste então nosso livre arbítrio diante dos nossos karmas?

Como já dissemos em outras oportunidades, o livre arbítrio consiste na forma como nos posicionamos e reagimos diante do que nos acontece.

Nos exemplos citados acima: no caso da doença, o livre arbítrio consiste em escolher como vivenciar esse karma.

Podemos vivenciar uma doença em paz ou revoltados; podemos vivenciar com amor ou com ódio da situação; podemos vivenciar felizes ou infelizes e deprimidos.

Quando vivemos uma doença felizes, em paz e com amor… o karma vai aos poucos sendo transmutado.

(Hugo Lapa)