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Incorporação do Boiadeiro Sr. Sete Encruzilhadas

Incorporação do Boiadeiro

Incorporação do Boiadeiro. Famoso pelas suas peregrinações no Nordeste do Brasil,

Incorporação do Boiadeiro Sr. Sete Encruzilhadas – Mãe Heloisa Zanetti


pelas curas que efetuava com imposição de mãos, pela criação de casas beneficentes que acolhiam viúvas e ex-prostituas e pelo controle das forças naturais por meio de sua prece, queimado em Portugal, acusado de prática de bruxaria pela Inquisição, por ter previsto o terremoto que destruiu Lisboa no ano de 1755, e ter anunciado que esse terremoto era a ira divina que castigava os pecados dos portugueses.

Elevando-se, Ele, o Chefe, Caboclo das Sete Encruzilhadas, ao espaço na vida maior, encontrava-se chorando na intersecção dos Sete Caminhos do espaço, sem saber por onde seguir, e que nesse momento, Jesus, em sua inefável doçura, apontou-lhe o caminho e a sua divina missão de instituir o culto que mais tarde, Ele, chamou de Umbanda.

Incorporação do Boiadeiro

O Chefe, Caboclo das Sete Encruzilhadas, alto mensageiro do Cristo, o mais humilde arauto de Deus, foi incumbido pelo Senhor Deus, de transplantar a Árvore do Evangelho, da Palestina ao rincão de São Gonçalo, criando a Umbanda como religião brasileira.

Naquela ocasião, tendo o dirigente determinado que Zélio ocupasse um dos lugares à mesa,

  • em determinado momento dos trabalhos, tomado por uma força desconhecida e superior à sua vontade, contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer um dos integrantes da mesa, Zélio levantou-se e disse: “Aqui está faltando uma flor!”, retirando-se ato contínuo da sala.
  • Ouvia apenas a sua própria voz, perguntando o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação daqueles espíritos, e porque eram considerados “atrasados” apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram ter tido na última encarnação.

“- Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho

(o médium Zélio),

para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou.

Ainda de acordo com o relato de Zélio, no dia seguinte, a 16 de novembro, na residência de sua família, na rua Floriano Peixoto n° 30, em Neves, ao se aproximar a hora marcada, 20 horas, já ali se reuniam os membros da Federação Espírita, visando comprovar a veracidade do que havia sido declarado na véspera, alguns parentes mais chegados, amigos, vizinhos, e, do lado de fora da residência, grande número de desconhecidos.

Às 20 horas, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas,

declarando que, naquele momento, se iniciava um novo culto

em que os espíritos dos velhos africanos, que haviam servido

como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo

de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas

e dirigidas quase que exclusivamente para trabalhos de feitiçaria,

e os índios nativos do Brasil poderiam trabalhar em benefício dos

seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.

Após estabelecer as normas em que se processaria o culto,

deu-lhe também o nome, anotado por um dos presentes

como Alabanda em homenagem ao Orixá Mallet, da Linha

de Ogum, espírito do Oriente que trabalhou durante anos também com o Sr.