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Ministério da Saúde adota prática espírita na rede pública do SUS

Ministério da Saúde adota prática espírita na rede pública do SUS

Ministério da Saúde adota prática espírita. O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira a inclusão de dez terapias alternativas ao Sistema Único de Saúde (SUS), dentre as quais a terapia por imposição de mãos — que normalmente os espíritas poderiam ler como passe magnético, o passe espírita, aquele tratamento comum nas casas espíritas.

Ministério da Saúde adota prática espírita

Essa determinação pode ser lida com bastante ânimo pelos espíritas e demais espiritualistas como uma sinalização de uma aproximação mais séria entre a ciência (especialmente a medicina regular) e a espiritualidade.

Além da imposição de mãos, anunciou-se que o SUS também vai bancar tratamentos à base das seguintes técnicas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, ozonioterapia e terapia de florais.

Esses procedimentos são chamados de Práticas Integrativas e Complementares (Pics), pois utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão.
 

Mas há resistências em toda parte em aceitar tal justificativa e especulações sobre esse modelo de política pública, tendo em vista a precariedade dos programas governamentais de saúde em nosso país.

Para Vital, se um paciente solicitar a um médico a prescrição de alguma dessas práticas integrativas, o ideal seria o profissional explicar e orientar o paciente sobre a medicina baseada em evidências.

Uma questão imediata que deve ser tratada com muito cuidado é exatamente o gerenciamento dos agentes dessas terapias alternativas, ou seja, como selecionar esses “novos terapeutas”?

também é corrente a questão sobre o sistema prática do magnetismo que, segundo uns, é baseado na transferência de fluídos do passista (eventualmente com o concurso de Espíritos)

para o paciente, tese absolutamente negado por outros, que defendem a ideia de que o Magnetismo Animal original de Mesmer

— que Allan Kardec reputou ciência irmã do Espiritismo

— não era essa (a dos fluidistas), mas a de que a ação curadora provém do impulso magnético positivo que o passista projeto diretamente no campo magnético do enfermo.

Para Mesmer, o passe era um instrumento do tratamento pelo Magnetismo Animal, que consistia em induzir pela saúde do magnetizador, por meio de sintonia, o ciclo natural da cura do paciente.

Todavia, já nos tempos de Kardec, muitos magnetizadores divergiam de Mesmer, acreditando num fluido (substância física) que saía de suas mãos, supostamente manipulado pelos movimentos diversos, atingindo o paciente como um jato!

Depois do século 20, porém, espíritas brasileiros inventaram de tirar fluidos ruins e jogar fora, depois pegar fluidos bons e jogar no paciente, imitando também antigos movimentos do passado.

Mas, a propósito dessa temática, disserta o estudioso espírita Jorge Hessen, tocando mais especificamente num aspecto inerente a essa proposta governamental, especto esse que merece a maior reflexão de nossa parte, qual seja o da correlação do passe e a gratuidade do serviço e detalhes afins.

Ministério da Saúde promulgou a admissão de determinadas “terapias alternativas” ao Sistema Único de Saúde (SUS), dentre as quais a terapia por imposição de mãos

(seria o Reiki oriundo do vitalismo, criado em 1922 pelo monge budista japonês Mikao Usui?

Além da tal imposição de mãos, o SUS também vai bancar tratamentos alternativos como apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, ozonioterapia e terapia de florais.

Sobre as tais “imposições das mãos”, será que é fator alvissareiro, será que poderá abrir as portas laicas e as mentes para a realidade inquestionável da força do chamado “passe espírita” ou melhor do passe gerido pelos espíritos?

Uma questão subjacente que deve ser abordada com muito cuidado é justamente o gerenciamento dos agentes dessas “terapias alternativas”, isto é, como escolher e nomear esses “profissionais”?

Diante disso, considerando que haja passista espírita entre os terapeutas, respeitando os preceitos cristãos, recomendamos o alerta -“dai de graça o que de graça recebestes.”[1] Sobre esse assunto já li sugestões charmosas e outras um tanto quanto absurdas.

Ante esse panorama que está sendo construído na área de saúde pública, certamente haverá “espíritas” que desculparão a própria consciência nutrindo o subterfúgio de que aplicar passe e ser remunerado pelo SUS não é comerciar a caridade do passe.

Possivelmente haverá esvaziamento da voluntária doação gratuita do passe nas casas espíritas, pois os passistas “desempregados” estarão disputando vagas no SUS.

Ou por outro lado, talvez o empecilho aumente, pois, considerando que o serviço será remunerado (pelo SUS), não será fácil convencer que “passistas” profissionais não terão a ideia brilhante de entrar na justiça do trabalho pedindo vínculo empregatício com os hospitais que permitirem o gesto “caridoso”.

Diante de tal desafio, será que o espírita terá capacidade de aprovisionar, de graça, e com preparação organizada dos passistas a fim de formalizar as normas oficiais de procedimento sob o princípio do voluntariado perante os hospitais?

Confira cada uma das dez novas práticas:

Apiterapia – método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.

  • Aromaterapia – uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais promovem bem estar e saúde.
  • Bioenergética – visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos.
  • Constelação familiar – técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
  • Cromoterapia – utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo.
  • Geoterapia – uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Usado em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusuculares.
  • Hipnoterapia – conjunto de técnicas que pelo relaxamento, concentração induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados.
  • Imposição de mãos – cura pela imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente. Promove bem estar, diminui estresse e ansiedade.
  • Ozonioterapia – mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia e oncologia.

Terapia de Florais – uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios. Auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo.

Veja abaixo a lista dos procedimentos que o SUS já oferece:
– ayurveda
– homeopatia
– medicina tradicional chinesa
– medicina antroposófica
– plantas medicinais/fitoterapia
– arteterapia, biodança
– dança circular
– meditação
– musicoterapia
– naturopatia
– osteopatia
– quiropraxia
– reflexoterapia
– reiki
– shantala
– terapia comunitária integrativa
– termalismo social/crenoterapia e yoga

As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica.

Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Atualmente, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais.

Promoção da saúde e prevenção de doenças: SUS oferece 18 Práticas Integrativas

fonte: G1