E isso é visto quando um personagem televisivo de O Bem-Amado, Odorico Paraguaçu, afirma que “palavras são palavras, nada mais do que palavras”, no que estava absolutamente correto, pois as palavras são absolutamente o que são, apenas palavras, sem poder algum, sem vibração alguma;
Faz Mal Falar Palavrão?
Veja
Insonia e as causas espirituais
Porque assim que o é, mas não pela palavra em si, mas pela intenção que orienta o pensamento que faz com que certas palavras, dentro de um contexto específico, sejam ditas.
Palavrão falo apenas a frase
Falo apenas a frase, “a jamanta estacionou”, numa situação em que se está num posto, e se vê encostar um caminhão ou mesmo um ônibus.
Está claro que dita nesse contexto, a frase “a jamanta estacionou” traz a intenção de diminuir, adjetivar malevolamente, colocar em posição vexatória a mulher gorda, que com certeza, pelo extremo peso, nos dá conta de estar acometida de obesidade mórbida, que é uma doença grave que leva à morte.
É a intenção que patrocinou o pensamento na frase que está viciada, de maldade, falta de amor ao próximo, de insignificância Espiritual, não a frase em si ou mesmo o vocábulo “jamanta”
Todavia vemos frequentemente em palestras o ensino errado perante a lei de Justiça, Amor e Caridade, ser ministrado
pasmem, numa casa espírita ou mesmo em auditórios, por palestrantes que se dizem Espíritas.
Intenção que comandará
Ora, ainda nesse exemplo, é a intenção que comandará a compreensão do vocábulo “mina”, se o contexto da exposição
ou da frase tem como imagem um campo de guerra, o vocábulo “mina”, estará indicando o artefato.
Se, noutro contexto, a ideia a ser passada é a de noticiar-se o caso dos mineiros do Chile, o vocábulo estará sob a
intenção do locutor, de trazer o conteúdo dos acontecimentos que se acometeram sobre aqueles 36 mineiros chilenos e
nada mais.
Que o letrista se aproveitando do que chamamos gíria, usou do vocábulo “mina’, coma intenção de chamamento a uma
mulher, uma garota, pois “mina”, na gíria brasileira, quer dizer garota, menina, tal com se ele tivesse usado “gatinha”, por
exemplo.
Há mal nos três últimos momentos de uso do vocábulo “mina”?
Se por outro lado, eu uso da mesma frase, num momento em que estou chateado com minha mãe e exclamo, “sou um
filho da mãe”, aí sim haverá um contingente de maleivosia a acompanhar a frase dita., nesse momento de ira,
uso da mesma frase atribuindo à expressão “filho da mãe” um forte contingente de intenção que explicará a expressão
usada como pejorativa, ou seja coberta pelo ódio sentido, querendo mostrar minha progenitora como mulher vulgar etc.
Como nas palavras encontradas no Velho Testamento, citando a prática sodomita, também não há mal no uso das
expressões ali contidas, que mesmo não contendo a intenção de diminuir, querem por seu uso apontar para uma situação
desconexa da moral daquele tempo.
Miúdo, enquanto que no Brasil quer dizer o mesmo que dissoluto, devasso, corrompido. E o inverso se dá com a palavra
“paneleiro”, que se no Brasil quer dizer apenas armário onde se guardam panelas ou mais antigamente, homem que
conserta ou vende panelas, em Portugal significa homossexual masculino.
Palavrão Há hora
Creio que tenha sido pelo óbvio motivo de que um palavrão ilude quem o fala com um uma aura de tenacidade,
segurança, força mesmo, forjada já no nascedouro da manifestação assim veiculada.
No Brasil muito pouca gente hoje em dia sabe qual a exata origem de termos como “sacanagem” – virou sinônimo de
“atitude traiçoeira”, molecagem, brincadeira de mau gosto ou, voltando mais um pouco no tempo, “aleivosia”…
Nossa língua é uma das mais difíceis de ser bem falada e compreendida, tem, para uma palavra uma quantidade de
sinônimos que não ocorre na língua inglesa, por exemplo.
São eles retrógrados
São eles retrógrados, bobos e muito, mas muito mesmo, preconceituosos, pois o palavrão, é uma palavra como outra
qualquer, no ver da doutrina é a intenção que comanda o ato de dizer ou falar ou mesmo pensar, que faz a coisa ficar
pesada, por isso mesmo é o ditado popular, que dizer ser a voz do povo e se o é é, por outro ditado popular, “a voz de
Deus”, mesmo o ditado popular nos ensina mais uma vez: “Em cada cabeça uma sentença” ou mais, “sua cabeça é o seu
mestre”.
Logo, generalizar-se uma ideia que se sabe pueril e retrógrada, é o mesmo que se andar na contramão da história, do
saber e da vida.
Palavras por serem apenas isso não contêm como alguns explicam e erradamente, vibração alguma, é mesmo como
aquele dinheirinho ganho de um número acertado no jogo do bicho.
Sendo assim se pode afirmar sem medo de erro que o palavrão sem dito sem intenção de ataque, acicate, injuria ou
xingamento a outrem nada tem a mais do que a palavra, por exemplo, jamanta.
A palavra não tem qualquer poder senão quando movida por uma intenção se esta é boa, ótimo, é uma causa que gerará
um efeito benéfico, se, por outra, o pensamento é impulsionado por uma má intenção surtirá, logicamente um efeito
negativo, só isso.