Dr. Bezerra de Menezes atuando em centros de Umbanda
Muitos de nós, umbandistas, temos amigos e parentes kardecistas e
passamos “saias justas” quando não paramos para pensar nestas questões antes que elas venham à tona, no que diz respeito a “evolução” dos espíritos que trabalham na Umbanda.
Como O Espiritismo Enxerga O Preto Velho e Os Espíritos De Umbanda?
Clóvis Nunes Dr. Bezerra de Menezes atuando em centros de Umbanda
Abaixo vemos algumas linhas do irmão Divaldo Pereira Franco, que é muito respeitado no meio kardecista, portanto formador de opinião, também nós o respeitamos e admiramos seu esforço, trabalho e dedicação a obra espírita de Allan Kardec no plano material.
Veja:
Preto Velho gostar ou não gostar
Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado.
Quando, ao retornar à Pátria da Verdade, com os conhecimentos das suas múltiplas reencarnações anteriores, pode apresentar-se conforme lhe aprouver.
Então, a questão do preto velho é um fenômeno de natureza animista africanista, de natureza piegas.
Cabe ao médium ter cuidado com esses atavismos, e quando esses Espíritos vierem falando errado, ou mantendo os cacoetes característicos das reencarnações passadas, aclarar-lhes quanto à desnecessidade disso”.
Preto Velho Espírito que se apresenta
O Espírito que se apresenta para o grupo como preto-velho ou preta-velha e se diz orientador de sofredores e amigo ou amiga do grupo pode ser levado a sério?
Eu sou um Preto-velho!” Dr. Bezerra é velho, mas não é um “branco-velho”, notem uma discriminação, está no nosso inconsciente discriminar.
Não meu irmão, você foi, você agora não tem cor, você superou, esta encarnação foi muito benéfica para você, desenvolveu sua humildade, mas você agora, note você é um espírito!
CHICO XAVIER E OS PRETOS-VELHOS
Reali Júnior — O senhor acha que os espíritos que se manifestam nos Terreiros de Umbanda, dizendo-se guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos, são espíritos evoluídos?
Nos séculos passados, nos três, quatro séculos passados, nós
— vamos dizer coletivamente
— não estamos falando do ponto de vista individual, mas na condição de brasileiros, buscamos no berço onde nasceram milhões de irmãos nossos
reencarnados nas plagas africanas para que eles servissem nas nossas casas, nas nossas famílias, instituições e organizações, na condição de alimárias.
Eles renasceram de nosso próprio sangue, nas condições de nossos irmãos para receberem, de nossa parte, uma compensação que é a compensação
chamada do amor, para que eles sejam devidamente educados, encaminhados, tanto quanto nos pretendemos educar-nos, e encaminhar-nos para o progresso.
Chico Xavier também deu uma entrevista
Chico Xavier:
Eu sempre compreendi a Umbanda como uma comunidade de corações profundamente veiculados a caridade com a benção de Jesus Cristo e nesta
base eu sempre devotei ao movimento umbandista no Brasil o máximo de respeito e a maior admiração.
PRETO-VELHO FALA COM KARDEC
Pai César – este o nome do Espírito comunicante – havia desencarnado em 8 de fevereiro também de 1859 com 138 anos de idade
– segundo davam conta as notícias da época –, fato este que certamente chamou a atenção do Codificador, que logo se interessou em obter, da
Espiritualidade, mais informações sobre o falecido, que havia encerrado a sua existência física perto de Covington, nos Estados Unidos.
Na sua mensagem, Pai César desabafou, expondo a todos as mágoas guardadas em seu coração, fruto dos sofrimentos por que passara na Terra
em função do preconceito que naqueles dias graçava em ainda maior escala do que hoje.
Quando indagado também sobre sua idade, se tinha vivido mesmo 138 anos, Pai César disse não ter certeza, fato
compreensível, como esclarece o Codificador, visto que os negros não possuíam naqueles tempos registro civil de
nascimento, sobretudo os oriundos da África, pelo que só poderiam ter uma noção aproximada da sua idade real.
comunicação de Pai César
A comunicação de Pai César certamente ajudou Kardec, em muito, a reforçar as suas teses contra o preconceito, o
mesmo preconceito que o levou a fazer, dois anos depois, nas páginas da mesma “Revista Espírita”, em outubro de 1861
, a declaração a seguir, na qual deixou patente o papel que o Espiritismo teria no processo evolutivo da Humanidade,
ajudando a pôr fim na escuridão que ainda subjuga mentes e corações:
PRETO-VELHO NA UMBANDA
Salvo estar totalmente enganado, Divaldo e Chico tem posicionamento diferente com relação ao “preto-velho” e Kardec
não encontrou nenhum entrave em estabelecer comunicação com o espírito de um ex-escravo, “Pai César”.
Não vamos fazer juízo de valor, nem questionar a postura kardecista, mas, enquanto umbandista, quero esclarecer a
condição espiritual daquele que se apresenta como “preto-velho” na Umbanda, que tem orgulho de sua condição e que
não mais é atingido pelas injúrias da carne.
Zélio incorpora uma entidade que pergunta: “Porque expulsam estes humildes?” em seguida explica que foi Frei Gabriel
de Malagrida, no entanto também havia sido um índio brasileiro e era como índio que se apresentaria em uma nova
religião, a Umbanda, assumindo o nome de Caboclo das Sete Encruzilhadas.
devemos esclarecer que “pretos-velhos”
Por fim, devemos esclarecer que “pretos-velhos” se manifestam em falanges, vários espíritos assumem um mesmo nome
e uma mesma forma plasmada, o que caracteriza a organização astral de suas atividades, em uma hierarquia que
responde a um irmão mais velho – um hierarca, “dono do nome”
– que foi ou assumiu para si o nome de Pai João, Mãe
Maria e outros.
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