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RELATOS DE UMA SUICIDA

Acordei de repente em um lugar escuro, uma confusão muito grande, parecia uma cidade grande, diferente de onde eu vivia, pessoas a correr e a gritar, mulheres e crianças, tudo tão confuso, era escura, eu corria também, estava sozinha e sem saber para onde ir e não conseguia correr com velocidade meu longo vestido

atrapalhava, achei um canto escuro entre umas construções e lá me escondi olhando o que se passava e tentando entender o que acontecia.


UMA SUICIDA Vi muitas pessoas quase nuas outras bem vestidas, todas tinham o sofrimento em seu rosto.


Foi quando mais gritos e correrias ao meu redor e ao longe via homens em cavalos de armadura negra, como a morte, e chicote nas mãos, açoitavam as pessoas e as levavam, tentei correr mas me pegaram,

até hoje sinto queimar o chicote em minhas costas, fui levada a um lugar feio e escuro, tinha lama, fui obrigada a trabalhar como escrava satisfazendo os desejos daqueles homens e mulheres que pareciam dominar aquele lugar.


Por muito tempo fiquei sem entender o que eu estava fazendo lá como fui parar ali. Até que um dia percebi que meu corpo não mais existia, eu havia morrido.

Foi neste momento que percebi o que havia acontecido, lembrei-me de tudo. Lembrei de quem eu era e porque estava ali.

Era feliz e amada,


Eu era filha de um nobre, morava em uma bela casa no campo, meu pai fazia todos os meus desejos, era feliz e amada, porém um desejo em especial meu pai não realizou, eu estava apaixonada por um de seus empregados, papai proibiu-me de vê-lo.


Passei por momentos de tristeza e insatisfação, tentei seguir em frente, mas a notícia de que ele havia casado-se com outra, sem ao menos tentar lutar por mim me criou uma amarga decepção,

lembro-me neste dia de acabar com o sofrimento, engoli um líquido adquirido em uma casa de ervas e acordei naquela cidade, sozinha e confusa, havia desencarnado.


Neste momento percebi o que havia feito, tirei minha vida, a vida que Deus me concedeu, naquele momento joguei-me no chão e gritei:

“Deus, perdoa-me pelo que fiz. Arrependo-me!”,

e naquele momento um brilho de luz apareceu e cresceu formando uma porta, por esta porta um irmão de luz estendeu-me a mão, fui resgatada e estive por anos em tratamento na colônia.


Hoje ainda aprendendo, aguardo ansiosa e conformada pela reencarnação, pois sei de que será dolorosa, mas necessária para a minha recuperação e progresso.
Olívia.


Acompanhada pela falange de auxílio ao desencarne
(mensagem psicografada)


Por: Olívia (acompanhada pela falange de auxílio ao desencarne)